quinta-feira, 2 de abril de 2015

P.S.


Eu fiquei preso sem me mover
Até clamar ao Senhor
(No recôndito mais fundo da alma)
E sentir, então, que ainda há vida nas pernas
E meus lábios ainda poder-se-iam abrir
Um pesadelo frio sussurrava ao pé d´ouvido
Tragando minh´alma a cada segundo desesperador
Mas o Cristo ouve o mais silencioso clamor
Que me arrebata das garras do medo
Dos olhos que espreitam no submundo
Da presença vívida que atordoa
E do grito preso no pesado peito
outrora oprimido sem dó
Cuja dor já não mais há
E dorme em paz até o dia chegar




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