sábado, 28 de março de 2015

O CÉU DE ANTEONTEM



Sabe o que me enche de sede na vida?
Olhar as palmeiras que dançam
Com seus ramos apontando pro céu

As crianças que saboreiam cada segundo
De uma brincadeira inocente
E se ajuntam ao redor de uma fogueira

Sob o firmamento rajado de nuvens
E de um horizonte âmbar
Projetei um sonho:
Que todo dia seja como o céu que vi antes de ontem
Que passou baixinho, rasteiro, cativante
Como uma revoada selvagem

Sabe o que me enche de lágrimas na vida?
O pão do pobre molhado de suor
Do qual nasce um sorriso de vitória

Os músicos orquestrados que nos lançam
Em teias mágicas por horas
E nos deliciam com canções de redenção

Sobre a relva úmida de água da chuva
Cantarei a natureza e o esplendor
Que o Senhor dos meus caminhos me mostrou
Eis diante de todos os povos:
O alarido que cura o enfermo
E quebra muralhas de Jeri(-có-)rações

Eu me rendo!
Eu me rendo!
Eu me rendo!